Sobre a Plataforma de Pesca de Cidreira

 

É um dos principais pontos turísticos da cidade. É uma das maiores plataformas de pesca do litoral brasileiro. A plataforma de pesca de Cidreira é um patrimônio privado, com acesso grátis para os sócios e mediante pagamento para os não sócios. Tem em torno de 500 metros de extensão. O local é um ponto de encontro dos pescadores de fim de semana, possui bar com petiscos, bebidas e iscas para pesca. 

Uma das razões porque se faz boas pescarias na Plataforma de Cidreira são as suas colunas ou pilares, que são mais de 150. Elas são importantes para a alimentação marinha, sendo também ponto de parada para cardumes famintos que se deslocam pelo nosso litoral. Se você observar bem, verá que em volta de cada pilar existe um nicho de cadeia alimentar, formado principalmente por mexilhões. Esses moluscos alimentam-se sugando partículas orgânicas presentes na água do mar. Num único dia, um mexilhão chega a filtrar mais de 90 litros de água, e junto com ela toda sorte de substâncias presentes. E os pilares, com milhares destes moluscos fixados, oferecem abrigo e alimentação para diversas espécies marinhas, aumentando muito a oferta de peixes na região. Os redemoinhos constantes que se formam em volta dos pilares são como que trituradores de resíduos orgânicos que se depositam ali pela força da gravidade, além de formarem o plâncton, que é a base da cadeia alimentar dos oceanos. Então onde você deve jogar seus anzóis? É claro que sua pescaria sempre renderá mais se você pescar nas proximidades dos pilares, onde está o grande pesqueiro.

Durante a construção da Plataforma de Cidreira, ainda na praia, foi encontrado um lençol de água doce. Como as estacas são ocas, e como o lençol tem pressão, a água sobe pelo interior da coluna. Foi então colocada uma saída, e construída em seu redor uma pequena fonte, que sempre está recebendo a água, que transborda para a praia. Devido aos caprichos dos ventos que às vezes enchem de areia a entrada da Plataforma, nem sempre a fonte é visível, ficando temporariamente soterrada. Mas é por pouco tempo, pois a tripulação da Plataforma providencia a sua visualização removendo a areia ao redor.

Na primeira etapa da construção da Plataforma de Cidreira, pescava-se principalmente papa-terras, uma espécie encontrada em todas as praias gaúchas. Com o avanço da construção, começaram a aparecer novas espécies nos anzóis dos pescadores. Vieram pampos, bagres, corvinas, arraias, peixes-anjos, borriquetes, miraguaias, cações, entre outros. Com a conclusão do terminal em “T”, 500m mar a dentro surgiram os caçonetes-martelo, as cororocas e as abróteas. Nos últimos anos apareceram os peixes-rei, que podem ser pescados sem isca. Inicialmente pequenos, com o tempo começaram a aumentar em tamanho e quantidade. E na caça aos peixes-rei vieram anchovas, os peixes-espadas e também as pescadas.

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